LAST: nº 18 - 11 de fevereiro de 2022

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Licenças Ambientais

1.1 Isa Cteep consegue licenças para Projeto Triângulo Mineiro

A Isa Cteep informou que obteve as Licenças Ambientais Prévia e de Instalação concomitante para o projeto Triângulo Mineiro, emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Com a obtenção das Licenças, as obras já podem ser iniciadas. O investimento previsto é de quase R$ 554 milhões e a Receita Anual Permitida é de cerca de R$ 34 milhões. O prazo estimado pelo regulador para finalização da obra é março de 2023. As licenças foram emitidas para a implementação de três novas subestações; duas novas linhas de transmissão com 173 quilômetros de extensão e 303 torres; e a ampliação da subestação Nova Ponte, que pertence a outra companhia. O empreendimento atravessa os municípios de Araxá, Monte Alegre de Minas, Nova Ponte, Perdizes, Santa Juliana, Uberaba e Uberlândia (MG). (CanalEnergia – 23.12.2021)

2 Marco Institucional

2.1 TDSE GESEL Nº 106: “Um Portal para Apoio do Licenciamento Ambiental de Sistemas de Transmissão de Energia Elétrica”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 106, intitulado “Um Portal para Apoio do Licenciamento Ambiental de Sistemas de Transmissão de Energia Elétrica”. O texto, assinado por Luiz Oliveira, Rebeca C. Motta, Maria Gilda P. Esteves, Herbert S. dos Santos, Jonathan A. da Silva, Jano M. de Souza, Geraldo Zimbrão, Lillian Monteath, Mauricio Moszkowicz, Rogério Almeida e Rodrigo Costa, apresenta uma solução tecnológica para apoiar o processo de LA em sistemas de transmissão (subestações e linhas). Destaca-se que a solução proposta envolve um aparato tecnológico que cobre a sistematização de processos, dados e informações de diferentes fontes, utilizando princípios da gestão do conhecimento. Com esta iniciativa, busca-se trazer mais previsibilidade e controle do LA, garantindo agilidade aos procedimentos e promovendo melhorias importantes para mitigar riscos de prazo e de custo dos empreendimentos. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 14.01.2022)

2.2 Governo considera cumprido rito de licenciamento do linhão de RR

O Ministério de Minas e Energia (MME) considera que o governo cumpriu integralmente o processo de consulta aos indígenas, no licenciamento da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, e diz que “não houve má fé” no encaminhamento que resultou na emissão de Licença de Instalação do empreendimento pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. De acordo com o MME, o pedido de compensação adicional aos R$ 90 milhões já previstos na componente indígena do Plano Básico Ambiental do linhão foi apresentado pela associação do povo Kinja, como são conhecidos os Waimiri-Atroari, somente na conclusão das oitivas previstas na Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho. O governo e a concessionária responsável pela linha que vai integrar Roraima ao Sistema Interligado Nacional estão analisando a liminar da Justiça Federal no Amazonas que condiciona a continuidade do licenciamento da obra ao acolhimento da proposta de compensação. Os Kinja reivindicam pouco mais de R$ 133 milhões. (CanalEnergia – 20.12.2021)

2.3 Tomada de Subsídios recebe contribuições para aperfeiçoar a regulamentação da confiabilidade das instalações de transmissão

Até dia 2 de fevereiro, interessados poderão se manifestar sobre o aperfeiçoamento de requisitos de confiabilidade na operação das instalações de transmissão na Tomada de Subsídios (TS021_2021), aberta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A proposta é analisar a necessidade de intervenção regulatória do tema, que integra a Agenda Regulatória para o ciclo 2022/2023. Os critérios de confiabilidade são utilizados tanto na operação quanto na etapa de planejamento da expansão do sistema, quando são tomadas decisões sobre a construção de novas linhas de transmissão e subestações, a fim de adaptar as capacidades físicas da rede para atender às necessidades futuras do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a área técnica da Aneel, a coleta de contribuições sobre o atual paradigma de confiabilidade é relevante diante do desenvolvimento de novas tecnologias e sua utilização da rede de operação, em conjunto com a entrada de fontes renováveis e a mudança de perfil dos consumidores. As sugestões serão enviadas através de formulário eletrônico, disponível neste link. (Aneel – 30.12.2021)

2.4 Aneel abre Tomada de Subsídios para regular a ocupação por infraestruturas elétricas no entorno de subestações

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou nesta quarta-feira (29/12) prazo da Tomada de Subsídios (TS023_2021) para receber contribuições à eventual necessidade de intervenção regulatória sobre o ilhamento de subestações de rede básica por instalações de geração. As sugestões poderão ser enviadas até o dia 11 de fevereiro próximo por formulário, disponível neste link, onde estão a Nota Técnica e demais documentos relacionados. O termo “ilhamento” foi adotado para caracterizar o cercamento de uma subestação de rede básica, impedindo sua expansão, ou mesmo a entrada de novas linhas de transmissão planejadas. A proposta é aprimorar a regulação do cercamento de subestações da rede básica, construídas nas proximidades de parques fotovoltaicos a fim de facilitar o transporte de energia. Com a geração fotovoltaica em rápida ascensão, o chamado ilhamento delimitaria a área destinada às subestações e iria reduzir o impacto no traçado de novas linhas de transmissão planejadas em seu entorno. A atividade “Regulação do uso fundiário no entorno de subestações de rede básica” está prevista no item 95 da Agenda Regulatória 2022-2023. (Aneel – 29.12.2021)

2.5 MME prevê R$ 18 bi para expansão da transmissão no Nordeste

Após receber um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que analisa as necessidades de expansões da malha de transmissão para geração e escoamento de geração renovável no Nordeste, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia iniciou os procedimentos para outorga de expansão do sistema elétrico da região, que partirá do estado da Bahia para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A estimativa é para investimentos de R$ 18,2 bilhões em 6.600 km de linhas de transmissão em 500kV e novas subestações associadas. A solução permitirá que novos projetos sejam desenvolvidos na região, equacionando as restrições verificadas no curto prazo, além de prover uma expansão robusta do sistema, aproveitando o potencial de geração já previsto no Plano Decenal de Expansão de Energia 2030, aprovado em fevereiro do ano passado pela Portaria Normativa nº 2/GM/MME. (CanalEnergia – 07.01.2022)

2.6 Aneel consolida regras de classificação das instalações, acesso e conexão ao sistema de transmissão

Na primeira reunião colegiada deste ano, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (18/01) a consolidação da regulamentação de classificação das instalações de transmissão e de acesso ao sistema de transmissão. A decisão resultou da criação do “Módulo 2 – Classificação das Instalações” e “Módulo 5 – Acesso ao Sistema” e revisão do “Módulo 1 – Glossário” e do “Módulo 3 – Instalações e Equipamentos” das Regras de Transmissão e dos Submódulos 9.1 e 9.2 dos Procedimentos de Regulação Tarifária - PRORET. O tema foi debatido em Consulta Pública (CP13_2020), realizada em duas fases – de 12 de março de 2020 a 10 de junho de 2020, e de 16 de dezembro de 2020 a 17 de fevereiro de 2021 – períodos em que a Agência recebeu contribuições de agentes e instituições do setor. O processo foi relatado pela diretora Elisa Bastos e teve voto vista do diretor Hélvio Neves Guerra. A Aneel estabeleceu prazo de 90 dias para que o ONS envie à Aneel proposta de alterações nos Procedimentos de Rede que contemplem o disposto na regulamentação e os aprimoramentos necessários nos procedimentos relacionados ao acesso às instalações de transmissão. (Aneel – 18.01.2022) Sede da Aneel em Brasília

2.7 FERC prioriza atualização das regras de transmissão para atender à transição energética

A Federal Energy Regulatory Commission (FERC) continua a alinhar suas regras e regulamentos com a transição energética, com a reforma da transmissão como prioridade máxima, disse a comissária da FERC, Allison Clements na terça-feira durante um webinar organizado pela Resources for the Future. As outras principais prioridades da FERC são atualizar a forma como a agência analisa as propostas de gasodutos e fortalecer a rede elétrica para resistir aos efeitos das mudanças climáticas, de acordo com Clements. Ela também está focada em garantir que a transição energética afete as pessoas de forma justa. "As decisões que tomamos... impactam cada vez mais as pessoas", disse Clements. "Quando você está tomando qualquer decisão, na minha opinião, levantar as questões de equidade para as pessoas precisa ser parte de como esta agência regula com sucesso." (Utility Dive – 26.01.2022)

3 Empresas

3.1 Eletrobras vai investir R$ 48,3 bi até 2026, com destaque para transmissão

O novo plano de negócios e gestão da Eletrobrás prevê investimentos que somam R$ 48,3 bilhões até o ano de 2026. Segundo a empresa, o valor representa um crescimento de 90% comparado ao plano anterior, que – excluindo Angra 3 – previa recursos de R$ 25,8 bilhões. “Esse aumento de investimentos permitirá à companhia voltar a crescer nos negócios de geração e transmissão, sempre mantendo a disciplina financeira“, comentou o presidente da Eletrobrás, Rodrigo Limp. O plano de negócios leva em conta a descotização das usinas prorrogadas pela Lei 12.783/2013 e a celebração de novos contratos de concessão de geração de energia elétrica de produtor independente. Além disso, o planejamento também contempla a segregação das atividades entre a Eletrobrás e a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) – que abrigará a Eletronuclear e a Itaipu Binacional. Inclusive, uma das iniciativas do plano é voltada para a execução da transferência de atividades sem perda de qualidade. (Petronotícias– 20.12.2021)

3.2 Cade aprova compra de transmissora pela Energisa

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra do controle acionário da Geogroup Paranaíta Transmissora de Energia SPE (SPE Paranaíta) pela Energisa Transmissão de Energia (ETE), uma subsidiária integral da Energisa. A informação foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira, 3 de janeiro. O valor da operação é de R$ 100,7 milhões. Segundo comunicado da empresa, a decisão ainda está sujeita a recurso ou avocação do ato de concentração pelo prazo de 15 dias da data de sua publicação no Diário Oficial. Caso não seja interposto recurso nem ocorra a avocação em tal prazo, a decisão ficará como definitiva. A SPE Paranaíta é detentora de uma subestação de 500/138 kV, 150 MVA, localizada na divisa do Mato Grosso e Pará, fazendo conexão com a Energisa Mato Grosso. A transmissora admite uma receita anual permitida (RAP) de R$ 10,908 milhões, não possuindo dívidas de curto e longo prazo. (CanalEnergia – 04.01.2022)

3.3 Neoenergia entrega linha Jalapão e antecipa em 15,6 meses projetos arrematados em leilão de 2017

A Neoenergia comunicou há pouco ao mercado que no dia 5 de janeiro entrou em operação comercial a linha de transmissão de Jalapão. Com isso, a empresa finaliza a entrega de todos os projetos arrematados no leilão de dezembro de 2017, com antecipação média de 15,6 meses em relação ao prazo Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e saving de Capex de 33% em relação ao estimado originalmente pelo regulador. A linha, chamada de LT 500 kV Miracema - Gilbués II - Barreiras II, conta com 728 quilômetros de extensão. Trata-se da maior em operação da Neoenergia, passando pelos Estados de Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. O Lote de Jalapão conta com uma RAP anualizada total de R$ 149 milhões. (Broadcast Energia – 06.01.2022)

3.4 Quantum espera dobrar portfólio operacional de transmissão em 12 meses

O ano de 2022 deverá ser marcado como o de forte expansão em termos de energização de projetos para a Quantum Energia, empresa de transmissão do grupo Brookfield no Brasil. A companhia conta com 2.383 quilômetros em ativos operacionais, até o início de 2023 esse volume deverá chegar a até 5.300 km de acordo com o modelo de negócios adotado pela empresa, formada em 2017 e controlada em sua totalidade pela subsidiária local da organização canadense. O CEO da Quantum, Gabriel Moreno, destacou em entrevista à Agência CanalEnergia que a companhia tem um acordo com a espanhola ACS, que atua aqui por meio da Cobra e da Cymi. O modelo prevê a participação de 50% do capital de ativos que julgam ser interessantes. Quando estes entram em operação, adquire os 50% restantes. Foi assim que ocorreu, mais recentemente, com dois projetos no Nordeste, as SPEs Giovanni Sanguinetti e Veredas Transmissora. (CanalEnergia – 07.01.2022)

3.5 Copel almeja energias renováveis e programa participação em leilões de transmissão

Enquanto analisa as oportunidades em geração renovável disponíveis no mercado para uma possível aquisição nos próximos meses, a Copel já começa a preparar sua participação nos leilões de transmissão de energia que ocorrerão em junho e dezembro deste ano. A exemplo do que aconteceu no último certame realizado pela Aneel, em dezembro do ano passado, a estatal paranaense quer ser bastante competitiva e, para isso, já começou a estudar os grandes ativos que serão licitados. "Costumo dizer que negócios são como ondas, você perde um, vem outro. E no leilão do meio do ano tem mais um lote grande, no fim do ano tem outro. Temos [oportunidades em] renováveis, e estaremos sempre atentos ao processo de venda de ativos do mercado", disse o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, em entrevista ao Energia em Debate, do Broadcast Energia. Já nos casos de geração, Slaviero quer projetos com capacidade instalada de pelo menos 150 MW, o que permitirá alcançar pelo menos 13% do portfólio da empresa em eólicas e solares até o final de 2022, e avançar para 25% de toda energia produzida pela empresa nessas fontes num horizonte de cinco anos. (Broadcast Energia – 26.01.2022)

4 Leilões

4.1 Leilão de Transmissão viabilizará investimentos de R$ 2,9 bi em cinco estados

Realizado no dia 17/12/2021 pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, o Leilão de Transmissão nº 2/2021 licitou os cinco lotes apregoados pela B3 em São Paulo, para a construção e a manutenção de 902 quilômetros em linhas de transmissão e de 750 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação de subestações. Depois de momentos de grande competitividade, incluindo três sessões de lances a viva-voz, o certame alcançou o deságio médio de 50%, com uma economia superior a R$ 5 bilhões para a tarifa dos consumidores de energia elétrica. A expectativa de investimento nos empreendimentos licitados é de R$ 2,9 bilhões e são previstos 6.607 novos empregos diretos. Posteriormente ao leilão, as empresas vencedoras apresentarão à Aneel a documentação necessária para a concessão dos empreendimentos. A assinatura dos contratos está prevista para 31/03/2022. (Aneel – 17.12.2021)

4.2 MME publica calendário de leilões até 2024

O Ministério de Minas e Energia publicou no dia 21 de dezembro de 2021, portarias com os calendários dos leilões previstos para o período de 2022 a 2024. Serão oito certames de geração no ano que vem e sete nos dois anos seguintes, além de dois leilões de transmissão em junho e dezembro de cada ano.Para 2022 há previsão de três certames de energia nova, sendo um do tipo A-4 a ser realizado em maio e A-5 e A-6 em agosto. O calendário inclui ainda um para suprimento aos sistemas isolados em outubro; dois para contratação de reserva de capacidade, na forma de energia de reserva (setembro) e de potência (novembro); além dos de energia existente a-1 e a-2 em dezembro. Em 2023 e 2024, a programação é de dois leilões de contratação de reserva (um como energia de reserva e um de potência) em março e em novembro, respectivamente; dois de energia nova A-4 e A-6, em agosto; um para os sistemas isolados em outubro e os de energia. (CanalEnergia – 20.12.2021)

4.3 Próximo leilão de transmissão em junho viabilizará 4,8 mil km de novas linhas no Brasil

O Ministério de Minas e Energia (MME) está com boas perspectivas para o próximo leilão de transmissão de energia, que está agendado para o mês de junho. De acordo com a pasta, o certame viabilizará 4.810 km de linhas de transmissão e 6.030 MVA de potência, além de cerca de R$ 8 bilhões em investimentos. Os dados fazem parte de relatórios técnicos do MME e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) enviados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ainda de acordo com a pasta, o maior volume de obras atenderá à expansão da capacidade de transmissão da região Norte de Minas Gerais. Nesses estados, estão previstos 3.543 km de linhas de transmissão e 3.750 MVA em capacidade de transformação nas subestações. (Petronotícias– 05.01.2022)

4.4 Leilão exigirá R$ 18, 2 bi de investimentos

O Ministério de Minas e Energia iniciou a estruturação do primeiro leilão de transmissão de 2023. A previsão é de investimentos de R$ 18,2 bilhões em projetos até 2030, para aumentar a capacidade de intercâmbio de energia entre as regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste. “A solução planejada permitirá atender a oferta de geração renovável do Nordeste”, disse Paulo Cesar Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético. (Valor Econômico – 20.01.2021)

4.5 EPE, ONS e Aneel divulgam Nota Técnica do Leilão de Energia Nova A-4/2022

A Empresa de Pesquisa Energética - EPE divulga Nota Técnica conjunta com o Operador Nacional do Sistema - ONS (ONS NT 0007/2022 / EPE-DEE-RE-002/2022) referente à metodologia, premissas, critérios e configuração do sistema elétrico para definição da capacidade de escoamento de instalações da Rede Básica, Demais Instalações de Transmissão (DIT) e Instalações de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada (ICG). O procedimento da divulgação foi estabelecido pela Portaria MME nº 444, de 25 de agosto de 2016, em seu artigo 3º, §2º. Ainda, de acordo com a citada Portaria, essa Nota Técnica foi aprovada pelo MME e está sendo disponibilizadas nos sítios da EPE, da Aneel e do ONS. Acesse aqui e verifique os arquivos no rodapé da página. (EPE – 24.01.2022)

5 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

5.1 EPE: Escoamento da produção de energia do NE demandará R$ 18,2 bi em linhas de transmissão

O escoamento da energia renovável produzida na região Nordeste demandará R$ 18,2 bilhões em investimentos para a construção de 6.600 quilômetros de linhas de transmissão em 500 quilovolt (kV). Segundo um estudo elaborado pela EPE, a pedido do MME, a solução deve equacionar as restrições verificadas no curto prazo e ampliar a capacidade de escoamento de geração de energia para a região, permitindo que futuros projetos possam acontecer, conforme previsto no Plano Decenal de Expansão de Energia 2030. (Broadcast Energia – 10.01.2022)

5.2 EPE: Norte e Nordeste poderão escoar 57 GW de renováveis até 2026

Visando atender à crescente geração renovável prevista para o Nordeste e Norte do país nos próximos anos, a EPE iniciou uma série de estudos para avaliar a necessidade de expansão da malha de transmissão para intercâmbio das regiões com o Sudeste/Centro-Oeste. A previsão inicial é de um aumento significativo, passando de 17,2 GW nos próximos anos para aproximadamente 30 GW até 2026, viabilizando assim o escoamento de aproximadamente 57 GW de geração renovável do Norte/Nordeste. O primeiro volume trata apenas da expansão da Área Sul da região nordestina. Contudo, dada a magnitude do potencial previsto, as recomendações envolveram expansões da malha de transmissão desde a região norte do estado da Bahia até os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Os investimentos chegam a R$ 18,2 bilhões para 6600 km de linhas de transmissão em 500kV e quatro novas subestações de Rede Básica. (CanalEnergia – 11.01.2022)

5.3 EPE: Intercâmbio de energia entre Norte e NE com SE aumentará para 57 GW até 2026

O intercâmbio de energia entre as regiões Norte e Nordeste com o Sudeste/Centro-Oeste deve aumentar para 57 GW em 2026, viabilizando o escoamento da geração de energia renovável para o principal centro de carga do País, segundo dados do Relatório R1 do "Estudo de Escoamento de Geração da Região Nordeste - Volume 1: Área Sul", realizado pela EPE. Esse estudo é elaborado pela Superintendência de Meio Ambiente (SMA) da EPE, e visa recomendar os reforços estruturais no SIN que permitirão solucionar restrições locais para conexão de futuros projetos de geração, aumentar a confiabilidade no atendimento à carga de energia. Segundo a EPE, em sintonia com esses estudos virão ampliações na capacidade de intercâmbio entre as regiões. O total de investimentos previstos é da ordem de R$ 18,2 bilhões para a construção de aproximadamente 6.600 km de linhas de transmissão em 500kV e quatro novas subestações de Rede Básica. (Broadcast Energia – 12.01.2022)

5.4 EPE: Nordeste deve receber investimentos de R$ 18 bi em transmissão

Estudos da EPE para o escoamento da geração na área Sul da região Nordeste indicam a necessidade de investimentos de R$ 18,2 bilhões em instalações da rede básica nos próximos anos. A área Sul abrange a Bahia e Sergjpe. Desse total, R$ 11,6 bilhões serão para entrada em operação até 2028 e R$ 6,6 bilhões para 2030. Na primeira fase, serão 4.400 quilômetros de LTs, enquanto a segunda etapa tem 2.100 quilômetros de novas LTs. A expectativa é que essas obras já sejam incluídas no leilão de 2023. Os dados foram apresentados em webinar nesta quarta-feira, 19 de janeiro. Os estudos da EPE foram motivados pela forte expansão da geração de renováveis nas regiões Norte e Nordeste. Com isso, a EPE iniciou avaliações para a necessidade de expansão da malha de transmissão para intercâmbio das regiões com o SE/CO. Para o secretário de planejamento energético do MME, Paulo Cesar Domingues, a expansão vai permitir o atendimento da oferta e a expansão da geração. Os próximos passos serão prosseguir com a consolidação até o fim de janeiro para incluir os dados no plano de outorgas de transmissão. (CanalEnergia – 19.01.2022)

6 Biblioteca Virtual

6.1 Relatório: Integração de Energias Renováveis Chave para a Descarbonização e Transição Energética da Ásia

A integração de energia renovável em sistemas de rede – mais do que simplesmente implantar energia renovável para substituir a grande dependência da região do carvão – é o maior desafio enfrentado pela indústria elétrica da Ásia, de acordo com as descobertas do Black & Veatch Asia Electric Report deste ano. “O relatório revela que as pressões para reduzir as emissões da rede estão aumentando por parte de investidores, grandes clientes e governos, à medida que as necessidades de infraestrutura continuam a se transformar”, disse Narsingh Chaudhary, vice-presidente executivo e diretor administrativo da Ásia-Pacífico. “A introdução de mais energia renovável está mudando a própria natureza do gerenciamento da rede elétrica e isso significa que os fornecedores de eletricidade asiáticos devem planejar e investir seriamente em todo o sistema de ativos de geração, transmissão e distribuição.” A necessidade de focar os investimentos além da geração em transmissão e distribuição é destacada ao longo do relatório. Por exemplo, 25% dos entrevistados do setor não confiam no desempenho e na resiliência de seus sistemas de transmissão e distribuição. Além disso, duas das três principais ameaças ao fornecimento de serviços confiáveis aos clientes são citadas como subinvestimento em transmissão e armazenamento insuficiente de energia. (T&D World – 11.01.2022)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lillian Monteath.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva e Walas Junior.

As notícias divulgadas no LAST não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

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