LAST: nº 17 - 10 de janeiro de 2022

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Licenças Ambientais

1.1 Neoenergia obtém licença prévia para SE na Bahia

A Neoenergia recebeu, através do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), as licenças prévias para iniciar as obras da LT 230kV Medeiros Neto – Teixeira de Freitas e Subestação 500/230 kV Medeiros Neto, com a instalação de um Compensador Síncrono, equipamento voltado a dar mais estabilidade, qualidade e confiabilidade ao Sistema Interligado Nacional. Essa é a primeira etapa obtida no processo de autorizações, atestando a viabilidade do empreendimento, o Lote 2, do Leilão Transmissão Aneel nº 001/2020. Segundo a companhia, para que as obras sejam iniciadas nos trechos, a Neoenergia aguarda a emissão da licença de instalação. O empreendimento possui cinco trechos; os dois primeiros correspondentes à LT em 500kV conectando as subestações Poções III, Medeiros Neto e João Neiva 2. O trecho 3 será uma LT em 230kV conectando Medeiros Neto à Teixeira de Freitas. Já o trecho 5 será uma LT em 500kV conectando as subestações Morro do Chapéu a Poções III. (CanalEnergia – 14.12.2021)

2 Marco Institucional

2.1 Consideradas um salto de inovação, usinas híbridas são regulamentadas pela Aneel

A Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) aprovou no dia 30 de novembro de 2021 a regulamentação para o funcionamento de Centrais Geradoras Híbridas (UGH) e centrais geradoras associadas. O normativo traz as definições e as regras para a outorga desses empreendimentos e para a contratação do uso dos sistemas de transmissão, além de definir a forma de tarifação dessas usinas e da aplicação dos descontos legais nas tarifas de uso do sistema de transmissão. O normativo é considerado um passo importante para que empreendimentos no Brasil possam aproveitar a complementaridade temporal entre as diferentes fontes de geração de energia. Ele permite combinações de fontes de geração, sejam elas de usinas fotovoltaicas (UFV), eólicas (EOL), hidrelétricas grandes e pequenas (UHE/PCH) e termelétricas (UTE). Entre as vantagens elencadas pela Aneel, estão a complementaridade das fontes de geração (uma gera quando a outra está menos disponível), a utilização da rede de transmissão de maneira mais eficiente e estável, a mitigação de riscos comerciais e a economia na compra de terreno e em outros custos. A medida contribui, assim, para o crescimento da capacidade de geração com menores investimentos em expansão das redes, conforme explica a diretora Elisa Bastos. (Aneel – 30.11.2021)

2.2 EPE publica versão R1 da Nota Técnica: Dados de entrada para modelos elétricos e energéticos: metodologias e premissas

A nova versão desta Nota Técnica, elaborada como estudo de apoio ao PDE 2031, tem o objetivo de atualizar a metodologia e as premissas para obtenção de dados de geração representativos das usinas eólicas (onshore e offshore) e fotovoltaicas (centralizadas e flutuantes) para os estudos de planejamento da geração e transmissão realizados pela EPE. Por se tratar de geração variável e não controlável, é importante estabelecer uma metodologia aderente às suas contribuições energéticas de acordo com o comportamento nos locais onde os empreendimentos vêm sendo instalados no país. Além disso, a extensão temporal e a granularidade dos dados são fatores fundamentais para garantir a representatividade dos estudos em relação à operação futura. Todas essas particularidades foram abordadas na Nota Técnica. Para ter acesso a nota completa na íntegra, clique aqui. (EPE – 03.12.2021)

2.3 TCU aponta riscos tarifários de investimentos em transmissão

A regulação atual do segmento de transmissão torna possível a substituição de equipamentos ao fim do prazo regulatório de amortização, podendo ocorrer trocas antes do necessário, que pressionarão as tarifas. A constatação foi feita por auditoria do Tribunal de Contas da União, que apontou a existência de uma grande quantidade de equipamentos com vida regulatória esgotada, que representam investimentos da ordem de R$ 27 bilhões. O TCU fez um mapeamento do processo de autorização de reforços e melhorias das instalações de transmissão, para identificar riscos associados às autorizações aos agentes e avaliar a metodologia de cálculo dos investimentos para a definição da receita adicional. Nesse caso, também foram avaliados os processos de identificação, planejamento e autorização de obras desse tipo. Uma das conclusões é de que, “quanto maior a discrepância entre a vida útil regulatória e a vida útil física dos equipamentos, maiores as dificuldades para se fazer previsões acuradas sobre o momento apropriado para a troca de ativos e para identificar as repercussões da quantidade expressiva de bens com a vida regulatória esgotada sobre a qualidade da rede de transmissão.” (CanalEnergia – 06.12.2021)

2.4 Aprovada Agenda Regulatória da Aneel para o biênio 2022/2023

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, no dia 07 de dezembro de 2021, a Agenda regulatória para o biênio 2022/2023, que conta com 108 atividades. Entre as atividades aprovadas, 35 são prioritárias, 58 ordinárias e 15 indicativas. Estão previstas, ainda, 40 Análises de Impacto Regulatório para 2022. Entre as atividades prioritárias, destaca-se a avaliação de ações para aumentar a satisfação do consumidor em relação à prestação do serviço de distribuição, o acesso à transmissão no cenário de expansão de geradores renováveis e o aprimoramento das condições de monitoramento do mercado de energia elétrica. Para o diretor-geral da Aneel e relator do processo, André Pepitone, a Agenda regulatória “é instrumento de planejamento, gestão e participação pública que confere transparência e previsibilidade ao processo regulatório". Estima-se que em 2022 serão realizadas 28 tomadas de subsídios, 43 consultas públicas, 7 audiências públicas e há, ainda, a previsão de entrega de 59 resoluções normativas. Em suma, a aprovação da agenda ocorre após a realização de tomada de subsídios e audiência pública, nas quais a sociedade teve a oportunidade de contribuir com atividades importantes na Agenda do próximo biênio. (Aneel – 08.12.2021)

3 Empresas

3.1 SSEN Transmission lidera o caminho em sustentabilidade ambiental pelo quarto ano consecutivo

A gigante energética SSEN Transmission de Perth - parte do Grupo SSE, campeã de energia limpa do Reino Unido e da Irlanda - foi premiada com o status de liderança em sustentabilidade ambiental pelo regulador de energia Ofgem pelo quarto ano consecutivo, a classificação mais alta que pode ser alcançada. O anúncio também significa que a SSEN Transmission é o único proprietário de transmissão GB a receber o status de liderança de prestígio por quatro anos consecutivos, consolidando sua reputação como líder em sustentabilidade ambiental. Nesse caso, o prêmio vem depois que Ofgem publicou sua decisão sobre os resultados discricionários ambientais (EDR) deste ano, um incentivo anual definido pelo regulador de energia para proprietários de transmissão para demonstrar um foco ambiental estratégico e compromisso em ajudar a apoiar a transição para uma economia de baixo carbono. Apoiando o seu compromisso de enfrentar a emergência climática, a SSEN Transmission definiu planos ambiciosos para reduzir as suas próprias emissões em linha com o que é necessário para cumprir as emissões líquidas zero. Esses compromissos de redução de carbono foram verificados pela iniciativa Alvo Baseado em Ciência, com SSEN Transmission a primeira empresa de redes de eletricidade do mundo a receber acreditação externa para um alvo baseado em ciência alinhado com um caminho de aquecimento global de 1,5 ° C. (EE Online – 30.11.2021)

3.2 Alupar obtém licença de instalação para ativo leiloado em 2014

A Alupar recebeu no dia 30 de novembro de 2021, a Licença de Instalação nº 2693 expedida pela Cetesb. O documento possibilita o início da implantação da subestação Manoel da Nóbrega de 230/88 kV. A subsidiária ELTE é responsável por implementar o lote C, do Leilão de Transmissão nº 001/2014, realizado em 09 de maio de 2014. As instalações de transmissão são compostas por subestação Manoel da Nóbrega 230/88 kV, Linha de Transmissão 230 kV Henry Borden, Manoel da Nóbrega, com 40 km de extensão, Subestação Domênico Rangoni 345/138 kV, Seccionamentos da Linha de Transmissão 345kV Tijuco Preto – Baixada Santista, com 18 km de extensão e da Linha de Transmissão 138 kV Vicente Carvalho – Bertioga II, com 3 km de extensão. De acordo com comunicado da empresa, a energização deste sistema de transmissão está prevista para janeiro de 2024 e sua operação irá reforçar as redes das distribuidoras, além de atender o aumento da demanda de energia elétrica da região da baixada santista, composta por nove municípios. (CanalEnergia – 02.12.2021)

3.3 NYSERDA finaliza contratos para projetos de energia renovável

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, anunciou esta semana os contratos finalizados entre a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Energético do Estado de Nova York (NYSERDA), a Clean Path New York LLC e a HQ Energy Services. Os projetos Clean Path NY e Champlain Hudson Power Express fornecerão energia renovável solar, eólica e hidrelétrica do interior do estado de Nova York e Canadá à cidade de Nova York. Esses contratos devem render até US $ 7,4 bilhões em benefícios gerais para o estado, incluindo as reduções de gases de efeito estufa e melhorias gerais da qualidade do ar, de acordo com a NYSERDA. Ao longo do caminho, eles também devem injetar US $ 8,2 bilhões em desenvolvimento econômico em Nova York. Ao todo, eles representarão os maiores projetos de transmissão de Nova York nos últimos 50 anos. “As apostas nunca foram tão altas para Nova York, à medida que enfrentamos os efeitos da mudança climática e da destruição econômica e ambiental que eventos climáticos extremos deixam para trás”, disse a governadora Kathy Hochul. (Utility Dive – 02.12.2021)

3.4 Energisa compra Geogroup Paranaíta Transmissora por R$ 100,7 mi

A Energisa e sua controlada direta Energisa Transmissão de Energia (ETE), informam que celebraram contrato com a Geogroup Holding Ltda. e PO do Brasil para aquisição de 100% das ações da Geogroup Paranaíta Transmissora de Energia por R$ 100,7 milhões. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que a SPE Paranaíta é detentora de uma subestação de 500/138 kV, 150 MVA, localizada na divisa dos Estados de Mato Grosso e Pará, e faz conexão com a Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia S.A. A SPE Paranaíta possui uma receita anual permitida (RAP) de R$ 10.908.743,94, não possuindo dívidas de curto e longo prazo. (O Estado de São Paulo – 02.12.2021)

3.5 Energisa vai diversificar seus negócios de energia e investir R$ 29,5 bi até 2026

A Energisa, maior grupo privado do setor elétrico com capital nacional, anunciou no dia 6 de dezembro de 2021 a estratégia de diversificação de seus negócios para os próximos cinco anos, marcando uma nova fase da empresa. A ideia é ampliar suas atividades não relacionadas aos negócios regulados de distribuição de energia elétrica. Até 2026 serão investidos cerca de R$ 29,5 bilhões, o que representa 1,6 vezes o volume de aportes de 2017 até 2021. De acordo com o CEO da Energisa, Ricardo Botelho, essa alocação de investimento traz um equilíbrio entre os recursos destinados à distribuição e aos demais negócios. A previsão é de que o segmento de distribuição responda por 53% dos investimentos, enquanto geração, transmissão e outros negócios ficarão com a fatia restante de 47%. (Petronotícias – 06.12.2021)

3.6 Equatorial obtém RAP de R$ 242 mi com 15 meses de antecipação

A Equatorial informou que recebeu na última semana o Termo de Liberação Definitivo (TLD) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o recebimento de 100% da Receita Anual Permitida (RAP) referente aos ativos SPE 04 e 06, totalizando R$ 242,1 milhões conforme os contratos das concessões. Os projetos tiveram os TLDs dos ativos emitidos com data retroativa à data de energização, 25 de novembro de 2021. Com a emissão desses termos, todas as linhas de transmissão do grupo se encontram 100% operacionais. Os Contratos de Concessão das SPEs 04 e 06 foram assinados em fevereiro de 2017, e a antecipação de suas receitas representam 15 e 11 meses de antecedência, respectivamente, em relação ao prazo regulatório. (CanalEnergia – 06.12.2021)

3.7 Proinfa de transmissoras tem valores fixados pela Aneel

A Superintendência de Gestão Tarifária da Aneel fixou os valores das quotas de custeio referentes ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa, para o mês de fevereiro de 2022, relativos às concessionárias do serviço público de transmissão de energia elétrica que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica do SIN e as quotas definidas no Anexo do Despacho deverão ser recolhidas à Eletrobras até o dia 10 de janeiro de 2022, para crédito da Conta Proinfa, no valor total de R$ 32.350.844,820. (CanalEnergia – 09.12.2021)

3.8 Aprovadas as quotas de custo e de energia referentes ao Proinfa para 2022

O valor total das cotas para custeio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), em 2022, será de R$ 6,383 bilhões. Já o montante de energia elétrica gerado pelas usinas participantes em 2022 deverá atingir 11,202 milhões de megawatts-hora (MWh). Esses valores foram aprovados durante reunião da diretoria da Aneel realizada nesta terça-feira (14/12). Criado pela Lei nº 10.438/2002, o Proinfa tem o objetivo de aumentar a participação de fontes alternativas renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas e empreendimento termelétricos com combustível biomassa) na produção de energia elétrica, privilegiando empreendedores que não tenham vínculos societários com concessionárias de geração, transmissão ou distribuição. O cálculo das cotas é baseado no Plano Anual do Proinfa (PAP) elaborado pela Eletrobras e encaminhado para a Aneel. O custo do programa, cuja energia é contratada pela Eletrobras, é pago por todos os consumidores finais (livres e cativos) do Sistema Interligado Nacional (SIN), exceto os classificados como baixa renda. (Aneel – 14.12.2021)

3.9 Alupar paga R$ 22 mi e aumenta participação em transmissora

A Alupar Investimento aumentou em 14,7% sua participação acionária na controlada Transmissora Caminho do Café (TCC), após exercer a opção de compra de 30% das ações subscritas e integralizadas pelo Perfin Apollo Energia Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, informa a companhia em comunicado ao mercado na noite da última sexta-feira, 10 de dezembro. Com a transação, que envolveu aporte aproximado de R$ 22,1 milhões equivalente a 21.907.253 ações ordinárias nominativas, o capital social da empresa na transmissora subiu de 51% para 65,70%. A TCC é formada por 288 Km de duas linhas de transmissão com conexões entre as subestações de Rio Novo do Sul e Mutum, passando por Minas Gerais e Espírito Santo. (CanalEnergia – 13.12.2021)

3.10 Agência aprimora comunicação de ocorrências graves e indisponibilidades de transmissão

Em reunião de diretoria no dia 14/12/2021, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o aprimoramento de procedimentos para a comunicação à Agência de ocorrências graves e indisponibilidades prolongadas de instalações de transmissão. O objetivo é tornar o Sistema Interligado Nacional mais robusto para a preparação e resposta a eventos imprevistos, especialmente os de grande impacto para a população. O regulamento aprovado - resultado da Consulta Pública nº 44/2021 - trata da revisão do Submódulo 6.2 – Análise da operação, ocorrência e perturbações e acompanhamento das providências (Operacional) dos Procedimentos de Rede. O aperfeiçoamento foi derivado da análise da perturbação do sistema elétrico ocorrida em novembro de 2020 no estado do Amapá, em que houve desligamento generalizado de cargas no estado. A proposta recebeu contribuições de oito agentes do setor elétrico de 6 de julho a 8 de agosto de 2021, período em que esteve em consulta pública. Participaram das discussões representantes de distribuidoras e transmissoras, além do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O tema foi incluído na Agenda Regulatória da Aneel para o ciclo 2021-2022, registrado como a Atividade TRA-41-42. (Aneel – 14.12.2021) Sede da Aneel em Brasília

3.11 Consulta pública sobre Liquidação Financeira de Encargos do Sistema de Transmissão terá segunda fase

Em reunião de diretoria no dia 14/12/2021, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) resolveu instaurar a segunda fase da Consulta Pública nº75/2020 para o aprimoramento do processo de Liquidação Financeira dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão. O período de contribuições começa nesta quarta-feira (15/12) e vai até 12 de fevereiro de 2022. As sugestões devem ser enviadas para o e-mail da Aneel. Na primeira fase, foram recebidas sugestões entre 10 de dezembro de 2020 a 8 de fevereiro de 2021. Resultante da intensa participação dos agentes e evolução nas alternativas de solução apresentadas, a área técnica da Aneel elaborou nova proposta a ser encaminhada à segunda fase da Consulta Pública. De acordo com o voto do diretor-relator Efrain Cruz, esta fase da consulta compreende avaliações de alternativa referente à padronização de cobrança e meios de pagamento, e da contratação de uma instituição financeira centralizadora no processo. (Aneel – 14.12.2021)

4 Leilões

4.1 Aneel conclui privatização da CEEE-T pela CPFL Cone Sul em cerimônia em São Paulo (SP)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) assinou no dia 2/12/2021, em São Paulo (SP), o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão nº 4/2021, que formaliza a transferência de controle societário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) para a CPFL Comercialização de Energia Cone Sul Ltda. Participaram da solenidade de assinatura o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, e o presidente da CPFL, Gustavo Estrella. O leilão de privatização da CEEE-T foi realizado em 16/7/2021, em São Paulo, com proposta de R$ 2,67 bilhões apresentada pela CPFL. O controle da transmissora era anteriormente detido pela Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações (CEEE-Par). Além da operação das subestações e de mais de 5 mil km de linhas em operação, a transferência também contempla o contrato assinado em 31/3/2021, e atualmente em implantação, com previsão de R$ 192 milhões em novos investimentos e geração de 550 empregos diretos. A anuência prévia para a troca de controle foi concedida pela Aneel em 30 de setembro de 2021, por meio do Despacho nº 3.043. (Aneel – 02.12.2021)

5 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

5.1 Aneel convoca Neoenergia Brasília e pede melhorias no atendimento

A diretoria da Aneel se reuniu em 1º de dezembro com dirigentes da Neoenergia Brasília para exigir ações imediatas para melhorar o fornecimento de energia elétrica no Distrito Federal. A convocação ocorreu após o registro de diversas interrupções de energia no DF no último final de semana – além de um aumento de 96% das reclamações registradas contra a distribuidora entre março e novembro de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020. Na reunião a Aneel apresentou piora nos indicadores coletivos de continuidade DEC e FEC. A concessionária firmou o compromisso de apresentar, em 24 horas, um plano de ações emergenciais para os próximos meses. Entre as ações recomendadas pela agência está a ampliação da capacidade de atendimento e a maior agilidade no tempo de resposta ao consumidor. Constam do rol medidas como a construção de uma linha de distribuição 138 kV, instalação de um transformador 138/69kv em SE e instalação de 186 religadores; Manutenção e roçagem em linhas de distribuição, além da reforma de 2 Subestações, Substituição de equipamento em SE e obras de melhoria em redes de distribuição. Com essas ações, a distribuidora prevê atingir os indicadores regulatórios de qualidade em dezembro de 2022. (CanalEnergia – 01.12.2021)

5.2 Energisa: Subestação atenderá população de Buritis após desligamento de termoelétrica

A nova subestação da Energisa e do linhão de 68 km, que está em operação desde o fim de novembro, permitirá a desativação da usina a diesel de Buritis, maior termoelétrica de Rondônia, que atendia sozinha todo o município. O desligamento vai evitar a emissão de 74 mil toneladas de CO2 por ano na atmosfera. A subestação tem capacidade instalada para atender o equivalente ao consumo 125 mil casas populares, mais do que o dobro do número de unidades consumidoras atuais no município. Buritis será a sétima das 13 térmicas a serem desativadas até 2022 em Rondônia. O estado participa do programa de Descarbonização do Grupo Energisa que vai desativar até 2025 um total de 19 usinas, incluindo cinco localizadas no Acre e uma no Pará – esta última em área atendida pela Equatorial, por meio de obras de redes de distribuição e de linhas de transmissão e subestações de rede básica. (CanalEnergia – 13.12.2021)

5.3 ONS descarta racionamento e apagão em 2022

O ONS afastou as chances de racionamento de energia e de um apagão em 2022, dentro do atual cenário hidrológico do país, disse ontem o diretor-geral da entidade, Luiz Carlos Ciocchi. “Risco [de racionamento] sempre existe, é parte intrínseca do negócio, mas se estivermos falando da questão do efeito hidrológico, no cenário que temos hoje não vemos nenhuma possibilidade com relação a um racionamento ou apagão causado por questões hídricas [em 2022].” Ciocchi disse que o sistema está hoje “mais preparado” para enfrentar os períodos de maior restrição, depois da experiência do ano de 2021. Ele citou a expetativa de entrada de 10 mil MW de potência em 2022, além de mais 16 mil quilômetros de linhas de transmissão em 2022 - o que aumentará a transferência de energia do Norte e do Nordeste para o Sudeste-Centro-Oeste. Ciocchi comentou, ainda, sobre as perspectivas de operação das termelétricas. Depois de atingir um pico de cerca de 20 mil MW nos últimos meses, o despacho tem sido gradualmente reduzido e deve ficar, no máximo, em 15 mil MW em dezembro. As projeções para janeiro e fevereiro ainda dependem da conformação dos números da previsão meteorológica, mas a expectativa é que o nível de operação das usinas seja mantido em torno de 15 mil MW. Ciocchi comentou também sobre as perspectivas de importação de energia do Uruguai e da Argentina. Segundo ele, em dezembro já não foram importadas cargas dos dois países vizinhos. É possível, contudo, que o país volte a recorrer aos volumes argentinos e uruguaios no início de 2022. (Valor Econômico – 16.12.2021)

6 Inovação

6.1 Neoenergia inaugura centro de operação de transmissão

A Neoenergia inaugurou no dia 30 de novembro, o seu Centro de Operação da Transmissão (COT), localizado na cidade de Campinas (SP). O centro passou por uma completa reforma e modernização tecnológica. O novo espaço, diz a empresa, conta com infraestrutura de última geração, proporcionando mais eficiência no monitoramento e operação dos ativos por meio de Interfaces Homem-Máquina (IHM) de alta performance, simulador de treinamento de operadores e um sistema integrado de operação e manutenção. O novo COT tem a capacidade de operar e monitorar todos os ativos já em operação e os novos que entrarão em operação comercial no futuro, totalizando 54 subestações e uma capacidade de transformação de 10.545 MVA, além de 5.127,6 km de linhas de transmissão e 6.131,4 km de circuitos em Extra Alta Tensão (Rede Básica). Além das concessões atuais, o novo COT permite triplicar a capacidade de atuação da Neoenergia com a participação em novos leilões de transmissão da Aneel. (CanalEnergia – 30.11.2021)

6.2 Inauguração do Laboratório de Smart Grids do Cepel: passo importante para modernização do setor elétrico brasileiro

O Cepel inaugurou, no dia 03 de dezembro de 2021, seu Laboratório de Smart Grids, o primeiro da América Latina com capacidade e versatilidade para pesquisa e ensaios que envolvam potência e representação de componentes de um sistema real. Com investimentos da ordem de R$ 20 milhões, provenientes da Eletrobras, Petrobras e Projeto Meta (Banco Mundial e Ministério de Minas e Energia), o laboratório está implantado na Unidade Adrianópolis do Centro (Nova Iguaçu/RJ), onde se encontram alguns dos maiores laboratórios de alta tensão e alta potência do Brasil. O novo laboratório do Cepel contribuirá para a evolução tecnológica no uso e na geração de energia no segmento de distribuição, transmissão e comercialização de energia. Na infraestrutura, serão possíveis a definição e a avaliação experimental de requisitos de conexão que possibilitem integrar, de forma otimizada, elevados níveis de recursos energéticos distribuídos – como geração solar fotovoltaica distribuída, geração eólica, armazenamento com baterias e veículos elétricos plugáveis. O objetivo é assegurar mais controlabilidade às redes elétricas, mantendo sua confiabilidade e robustez. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Cepel – 06.12.2021)

6.3 Paraíba vai elaborar atlas solar

O governo da Paraíba anunciou que vai elaborar o atlas solar do estado para orientar o desenvolvimento de empreendimentos na região. O atlas será interativo e ficará disponível no site da Secretaria da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (Seirhma), em português, espanhol e inglês. O investimento para elaboração do atlas da Paraíba é de R$ 1,14 milhão e o prazo para conclusão dos trabalhos é de um ano. De acordo com o secretário executivo de Energia, Robson Barbosa, o mapeamento do recurso energético e das regiões mais promissoras, bem como infraestrutura de linha de transmissão, rede viária e ferroviária, além de restrições socioambientais e legais são fatores fundamentais para que seja conhecido o potencial viável dos pontos de vista: técnico, econômico e socioambiental. (Broadcast Energia – 07.12.2021)

7 Biblioteca Virtual

7.1 A transição de energia provavelmente requer mudanças no mercado, crescimento da transmissão, concluiu a PJM

Os mercados da interconexão PJM e o planejamento da transmissão provavelmente precisarão evoluir para lidar com altas penetrações de energia renovável, de acordo com um estudo que a operadora da rede divulgou na quarta-feira. A análise mostra as vantagens de interconexões robustas entre sistemas de grade, PJM disse no relatório, Transição de energia em PJM: Frameworks for Analysis . As exportações de energia da PJM para outros mercados aumentaram 140% em um cenário de altas energias renováveis, e sua troca com a Operadora de Sistema Independente do Midcontinent atingiu um pico de mais de 20 GW fluindo através de pontos de interconexão existentes. Este estudo representa um passo importante na compreensão de como a PJM pode trabalhar da melhor maneira para facilitar a transição energética e tornar possível a rede do futuro", disse Manu Asthana, CEO e presidente da PJM, em um comunicado. A PJM planeja dar seguimento ao relatório com estudos enfocando questões como serviços essenciais de confiabilidade, expansão da transmissão e desenho de mercado. (Utility Dive – 16.12.2021)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lillian Monteath.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva e Walas Junior.

As notícias divulgadas no LAST não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: informativo.last@gesel.ie.ufrj.br