LAST: nº 05 - 07 de dezembro de 2020

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Licenças Ambientais

1.1 Chesf solicita licença de operação para linha de transmissão

A Chesf solicitou, ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Licença de Operação para a atividade de operação da Linha de Transmissão 230 kV Pau Ferro / Santa Rita II, que atravessa os municípios paraibanos de Santa Rita e Pedras de Fogo e os municípios pernambucanos de Itambé, Condado, Itaquitinga, Aliança, Araçoiaba e Igarassu. (Diário Oficial - 05.11.2020)

1.2 Eletronorte recebe LO para linha de transmissão

A Eletronorte recebeu, em 3 de novembro de 2020, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Licença de Operação referente ao empreendimento Linha de Transmissão em 500 kV, circuito simples, com extensão aproximada de 1 km, compreendido entre o ponto de seccionamento da LT Miranda II – São Luís II C1 e a subestação Bacabeira, e da Linha de Transmissão em 500 kV, circuito simples, com extensão aproximada de 1 km, compreendido entre o ponto de seccionamento da LT Miranda II – São Luís II C2 e a subestação Bacabeira. (Diário Oficial - 05.11.2020)

1.3 Fepam emite LI para obras de R$ 360 mi em linhas de transmissão no RS

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) emitiu a LI para o circuito duplo em 230kV das Linhas de Transmissão Livramento 3/Santa Maria, uma parte controlada pela Neoenergia (Lagoa dos Patos) e outra pela Taesa (Sant’Ana), e que irão conectar as regiões da campanha e central, com extensão de aproximadamente 225 quilômetros, num investimento de R$ 360 milhões. Na avaliação do diretor do Departamento de Energia da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Eberson Silveira, as obras irão preencher uma lacuna na transmissão da região, permitindo o escoamento de projetos de geração de energia da fronteira oeste até o centro do estado, viabilizando também empreendimentos da fronteira que estavam impossibilitados de serem conectados ao SIN. (Agência CanalEnergia – 16.11.2020)

1.4 Neoenergia: licenças de instalação para sistemas de transmissão em três Estados

A Neoenergia avançou mais uma fase na construção de três sistemas de transmissão de energia elétrica: um no Estado de RS, outro em SC e um terceiro na BA. No primeiro caso, a companhia informou que recebeu a licença de instalação, o que permite o início das obras físicas do que será no futuro um sistema de transmissão de eletricidade com 225 quilômetros de extensão, em Lagoa dos Patos. Em Santa Catarina, a Neoenergia recebeu do Instituto do Meio Ambiente (IMA) a licença prévia de três novas subestações – Joinville Sul, Jaraguá do Sul e Itajaí II – que fazem parte do projeto Vale do Itajaí, para melhorar a disponibilidade de energia e confiabilidade no sistema elétrico na região. O projeto de transmissão na Bahia foi o último adquirido pela Neoenergia e tem o objetivo de atender ao oeste do Estado. A licença prévia foi obtida com um mês de antecipação em relação ao plano de negócios da companhia. (Agência CanalEnergia – 17.11.2020)

1.5 Chesf solicita renovação de LO para linha de transmissão

A Chesf solicitou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a renovação da licença de operação para a atividade de operação da Linha de Transmissão – LT 230 kV Nossa Senhora do Socorro/Penedo C1. O empreendimento possui, aproximadamente, 109 km de extensão e interliga a subestação Nossa Senhora do Socorro, em Nossa Senhora do Socorro à subestação Penedo, em Penedo, Alagoas. (Diário Oficial – 23.11.2020)

1.6 Chesf recebe LO para linha de transmissão no Ceará

A Chesf recebeu do Ibama a Licença de Operação para a Linha de Transmissão 500 kV seccionamento da Linha de Transmissão Teresina II – Sobral III e a subestação Tianguá II, que atravessa os municípios cearenses de Tianguá, Ubajara e Ibiapina. (Diário Oficial - 27.11.2020)

2 Regulação

2.1 Consolidação das Regras de Transmissão será discutida em consultas públicas

A Aneel aprovou, nesta terça-feira (3/11), a abertura de duas consultas públicas que irão debater a consolidação da estrutura das Regras de Transmissão. A Consulta Pública nº. 063/2020 se refere ao texto dos módulos 1 - “Glossário” e 3 - “Instalações e Equipamentos”. Já a Consulta Pública nº 064/2020 trata da revisão do módulo 1 - “Glossário” e do texto correspondente ao módulo 4 - “Prestação dos Serviços de Transmissão, referente à atividade “Consolidação – Prestação dos Serviços de Transmissão”. A consolidação das normas de transmissão tem como objetivo organizar normativos atinentes ao segmento de transmissão em um único documento – denominado Regras dos Serviços de Transmissão de Energia Elétrica, ou simplesmente Regras de Transmissão. (Aneel – 03.11.2020)

2.2 Aneel quer mudar forma de comunicação de transmissoras sobre falhas

Após o apagão no Amapá, a Aneel decidiu incluir, em sua agenda regulatória 2021/2022, um processo para regulamentar a forma com que transmissoras devem comunicar problemas graves em suas instalações. O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, pediu às áreas técnicas que instaurem processo administrativo com o propósito de regulamentar o procedimento de comunicação de ocorrência grave e de indisponibilidade prolongada de ativos de transmissão. "Já é uma resposta e aprimoramento em decorrência da ocorrência no Amapá", disse. O apagão no Amapá ocorreu na terça-feira, 3, à noite, mas o MME somente soube da ocorrência no dia seguinte. (O Estado de São Paulo – 11.11.2020)

2.3 Transmissão terá investimentos de R$ 12,8 bi até 2025

O Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL) na versão 2021 a 2025 deverá levar a investimentos da ordem de R$ 12,8 bilhões no país. O conjunto de obras indicado neste ciclo soma 3 mil quilômetros de novas linhas de transmissão e 22.275 MVA de acréscimo de capacidade transformadora em subestações novas e existentes. Esses empreendimentos representam um acréscimo da ordem de 2% na extensão das linhas de transmissão e de 5% na potência nominal instalada em transformadores da Rede Básica e da Rede Básica de Fronteira, em relação à rede existente, considerando também as obras já outorgadas. Desse montante, continua o ONS, R$ 5,4 bilhões referem-se a novas obras propostas. Além disso, de acordo com o banco de preços da Aneel, são estimados mais R$ 6,8 bilhões em investimentos que já serão objeto do próximo leilão de transmissão nº 01/2020, previsto para ocorrer em 17 dezembro de 2020, cujo edital a agência reguladora aprovou na última terça-feira, 10 de novembro. (Agência CanalEnergia – 11.11.2020)

2.4 Aneel fixa CDE de setembro em R$ 74,3 milhões para transmissoras

A Aneel determinou na última sexta-feira, 13 de novembro, os valores das cotas referentes ao encargo da CDE referente ao mês de setembro para as transmissoras que atendem consumidor livre e/ou autoprodutores conectado ao SIN. São R$ 74.318.103,32 divididos entre 15 concessionárias que devem recolher o encargo até 10 de dezembro. A Aneel também definiu os valores das quotas de custeio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica para o mês de janeiro de 2021, relativos às transmissoras que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada ao Sistema. O valor, segundo a agência, é de 19.157.940,87 e deve ser recolhido à Eletrobras até o dia 10 de dezembro. (Agência CanalEnergia – 16.11.2020)

2.5 Incertezas associadas à Covid-19 podem reduzir em R$ 50 bi investimentos LTs

As incertezas associadas à Covid-19 poderão reduzir em cerca de R$ 50 bilhões os investimentos no setor de transmissão de energia elétrica na próxima década. A EPE publicou na última terça-feira, 17 de novembro, o Caderno de Transmissão do PDE 2030, documento com cenários que trazem as necessidades de expansão do sistema brasileiro de transmissão de energia elétrica, fundamentados em possíveis comportamentos futuros da economia do país e nas demandas próprias do SIN. Considerando as “incertezas associadas ao contexto da Covid-19”, a EPE estabeleceu três cenários. Chama a atenção a diferença de cerca de R$ 50 bilhões de investimentos a depender de qual cenário se concretizará. Acesse o Caderno de Transmissão da EPE aqui. (Agência CanalEnergia – 18.11.2020)

2.6 GESEL: afastamento de diretores da Aneel e ONS é “muito ruim para o setor elétrico e para o leilão de transmissão”

Especialistas e agentes do setor elétrico receberam com surpresa e descontentamento a decisão da Justiça do Amapá de afastar por 30 dias as diretorias da Aneel e do ONS. A leitura é que a medida não só atrapalha a normalização do fornecimento de energia ao Amapá ao “desfalcar” órgãos técnicos, mas também impõe risco à segurança jurídica e operacional do setor. A medida inverteu as prioridades relacionadas ao blecaute, na avaliação do Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE), que congrega 26 entidades ligadas ao setor de energia. Para o FASE, a “prioridade zero” deveria ser a de restabelecer as condições normais de suprimento ao Amapá — a investigação deve ser uma ação posterior, defende. O coordenador do Gesel, da UFRJ, Nivalde de Castro, classificou a determinação como “estapafúrdia”. “É constrangedor para o país, muito ruim para o setor elétrico e para o leilão de transmissão que acontecerá agora”. Castro acredita ainda, pela temeridade da cautelar, que ela será revertida em breve. “Você está tirando das funções quem opera o sistema elétrico nacional, que atende mais de 200 milhões de brasileiros.” (Valor Econômico – 19.11.2020)

2.7 Roberto Brandão (GESEL): Amapá teve combinação de linha fraca, subestação única e falha na manutenção

O desastre do Amapá, desde o dia 3 deste mês sem fluxo normal de abastecimento elétrico, nasceu de uma combinação de linha fraca, subestação única e falha na manutenção que deixou um transformador reserva com defeito desde dezembro do ano passado. É dessa forma que o coordenador da área de Geração e Mercados do Gesel/UFRJ, Roberto Brandão, resume o que provocou a crise sem precedentes no abastecimento do estado. “É difícil compreender a demora para consertar o terceiro transformador”, disse, referindo-se ao equipamento que estava parado, com defeito, desde dezembro do ano passado, mas somente agora, com a crise em andamento, foi encaminhado ao fabricante (em Santa Catarina) para conserto, pela empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE). Brandão explicou que a fragilidade da linha é uma característica geral das conexões do Norte do país, ressaltando que o Amapá é um dos poucos estados que têm apenas uma conexão da rede de transmissão, a subestação da LMTE. O professor da UFRJ ressalta que mesmo Roraima, que segue abastecido por térmicas e sem conexão com o SIN, tem alternativa na conexão com a Venezuela. (Brasil Energia – 23.11.2020)

2.8 Os desafios da implantação da rede elétrica subterrânea no Brasil

O projeto da linha de transmissão subterrânea, também conhecida como underground, é um serviço altamente especializado usado para atender aos desafios únicos de localização e capacidade. As linhas de transmissão subterrâneas são frequentemente usadas quando mais capacidade de transmissão é necessária em ambientes desafiadores, como densas áreas urbanas. Por exemplo, se uma linha de transmissão precisa passar por um santuário aviário, uma linha de transmissão subterrânea pode minimizar o impacto nas aves migratórias. Também há́ benefícios de resiliência em considerar uma linha de transmissão subterrânea. Embora frequentemente seja uma opção mais cara, pode ser a solução para endurecer a grade contra tempestades. Considerando que uma infraestrutura de distribuição pode durar mais de 50 anos, a economia de evitar o corte de árvores e manter as folgas, não enviar equipes para responder a interrupções e não causar quaisquer perdas econômicas com linhas de transmissão interrompidas deve ser somada. Na verdade, há evidências de que os consumidores estão dispostos a pagar mais em suas contas de energia pelo subterrâneo, de acordo com uma pesquisa da EEI - Energy and Efficiency Institute, realizada com os consumidores americanos. (Terra – 23.11.2020)

2.9 Mais de 1 mil km de linhas de transmissão concluídos em outubro

A ANEEL registrou em 2020, até outubro, a conclusão de 5.296,04 km de novas linhas de transmissão e de 13.352 MVA em transformadores de subestações. Somente em outubro, foi informada à agência a conclusão de 1.057 km de linhas e de 1.450 MVA em capacidade de transformação. Os quantitativos estão no infográfico de expansão da transmissão divulgado pela ANEEL, a partir de dados da fiscalização da Agência e do ONS. Um único empreendimento, nos estados da Bahia e de Minas Gerais, concluiu em outubro 791 km em linhas de transmissão, nos percursos entre as cidades de Caetité (BA) e Janaúba (MG), com 253 km, Poções (BA) e Padre Paraíso (MG), com 323 km, e Padre Paraíso a Governador Valadares (MG), com 215 km. (Aneel – 27.11.2020)

3 Empresas

3.1 Cteep antecipa obra de transmissão em 11 meses

A Cteep antecipou em 11 meses a implantação de três compensadores síncronos em 500 kV na Subestação Araraquara 2, localizada em São Paulo. Na quarta-feira, 28 de outubro, a companhia enviou um comunicado ao mercado informando que o ONS emitiu o termo de liberação parcial do empreendimento, cujo investimento somou R$ 250 milhões, redução de aproximadamente 40% em relação ao valor calculado pela Aneel. A IE Itaquerê é uma subsidiária integral da Cteep formada para executar o empreendimento do lote 06 do leilão de transmissão no 005/2016 realizado em abril de 2017. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

3.2 LTs da Alupar em Minas e Bahia entram em operação

A Alupar comunicou nesta sexta-feira, 30 de outubro, que sua controlada Transmissora Paraíso de Energia, em que possui 51% do capital social total, obteve o Termo de Liberação de Receita, que autoriza o recebimento de receita a partir de 25 de outubro de 2020, devido a disponibilização das instalações de transmissão para o SIN, antecipando o início do recebimento da RAP em aproximadamente 16 meses do cronograma da Aneel, previsto para 9 de fevereiro de 2022. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

3.3 Energisa conclui projeto de transmissão de energia com antecipação de 16 meses

A elétrica Energisa informou que sua subsidiária Energisa Pará Transmissora de Energia I concluiu obras de um empreendimento com antecipação de 16 meses em relação à data prevista em contrato para entrada em operação. O projeto, que compreende linhas de transmissão e subestações no Pará, teve as obras concluídas em 38 meses após a data de outorga, e os investimentos totalizaram cerca de 318 milhões de reais, acrescentou a empresa, em comunicado nesta terça-feira (03). O empreendimento entregue pela Energisa Pará I foi arrematado pela companhia em leilão realizado pela Aneel em 2017. A Energisa disse que a linha será operada por sua unidade Energisa Soluções, focada em soluções integradas e serviços, a partir de um centro de operações de transmissão e de seu departamento de operação e manutenção de linhas, ambos em Cataguases, MG. (Reuters – 03.11.2020)

3.4 Nuclep: torres de transmissão são aprovadas em testes e empresa inicia produção

O nicho de torres de transmissão ganha cada vez mais importância para a Nuclep e a empresa deu mais um passo em direção a sua consolidação nesse setor. A primeira torre estaiada leve de suspensão fabricada no piso fabril da companhia foi aprovada em testes, cumprindo todos os requisitos técnicos e de qualidade estabelecidos. Com essa etapa concluída, a Nuclep começará agora a produção em série deste tipo de estrutura. A torre testada tem 47 metros de altura e 7,7 toneladas. Os trabalhos foram acompanhados e certificados pelo cliente da Nuclep – uma multinacional da área de energia que não teve seu nome divulgado por questões contratuais. (Petronotícias – 06.11.2020)

3.5 Taesa: transmissora de energia tem lucro de R$631,9 no 3ª tri, alta de 76,6%

A transmissora de energia elétrica Taesa registrou lucro líquido de 631,9 milhões de reais no trimestre encerrado em setembro, com alta de 76,6% na comparação ano a ano, enquanto analistas projetavam em média ganho de 225,40 milhões, segundo dados da Refinitiv. O lucro aumentou com a consolidação dos resultados das aquisições recentes de São João, São Pedro, Lagoa Nova, da conclusão dos reforços da Novatrans e da entrada em operação das concessões de Miracema, Mariana e EDTE. A companhia, controlada pela elétrica estatal mineira Cemig e pelo grupo colombiano Isa, registrou Ebitda ajustado de 317,6 milhões de reais no período, com avanço de 15,4% ante mesma época de 2019. (Reuters – 11.11.2020)

3.6 Equatorial antecipa ativo de transmissão em 15 meses

A Equatorial Energia informou que uma das suas SPEs de transmissão entrou em operação comercial. A concessão em questão é a SPE 04, que em 31 de outubro de 2020, começou com 50,6% das funções de transmissão que compõem a sociedade. A RAP total é de R$ 106,3 milhões, valores atualizados com referência de jun/20. Segundo a empresa, todo o empreendimento está pronto, mas 49,4% das instalações está impossibilitada de entrar em operação comercial, devido a fase de implantação de uma subestação a que a SPE 04 se ligará, de propriedade de outra transmissora. (Agência CanalEnergia – 11.11.2020)

3.7 Eletrobras retomará participação em leilão de transmissão

O leilão de transmissão marcado para o dia 17 de dezembro será uma data simbólica para a Eletrobras. Marcará o retorno a estatal aos leilões promovidos pela Aneel após seis anos em que foi impedida de entrar nas disputas. A empresa está de olho em ativos que serão colocados no certame, inclusive o CEO da empresa, Wilson Ferreira Junior, até apontou um em específico, um ativo que será relicitado e que já foi conduzido no passado pela Amazonas-GT. Entre as premissas que ele aponta que direcionarão a participação da empresa estão a preferência por sinergias com outros ativos em diferentes regiões do país, e que deverão contar com a participação das controladas para cada região. (Agência CanalEnergia – 12.11.2020)

3.8 Taesa quer aproveitar espaço para consolidação em transmissão de energia

A transmissora de energia Taesa pretende expandir suas operações e para isso buscará aproveitar oportunidades que devem surgir à medida que a indústria tende a se tornar mais consolidada e focada em grupos mais especializados nos próximos anos, disse nesta quinta-feira o presidente da companhia. “A Taesa é uma empresa consolidadora no setor de transmissão. Então assim eu acredito que nossa estratégia, que temos traçada no momento... é continuar crescendo no setor de transmissão. E ainda tem bastante oportunidade”, disse o CEO interino da empresa, Marco Antônio Faria. Ele comentou ainda que um leilão de concessões para novos projetos de transmissão em 17 de dezembro deve ter a presença de menos empresas que os últimos do setor, devido a novas regras definidas pela Aneel que visam restringir a venda de empreendimentos ainda não concluídos. (Reuters – 12.11.2020)

3.9 Chesf não atende requisito de edital de transmissão

A Comissão Especial de Licitação da Aneel informa que a Chesf não atendeu ao requisito de habilitação técnica de que trata o item 10.9.5 do Edital do Leilão nº 1/2020-ANEEL (Leilão de Transmissão). O item diz que “a proponente que for concessionária de transmissão estará sujeita à comprovação, pela fiscalização da Aneel, do seu histórico de desempenho na implantação de obras de transmissão nos últimos 36 meses anteriores ao da publicação do edital”. A licitação será realizada em 17 de dezembro de 2020, pela B3, em sua sede, na cidade de São Paulo, SP, a partir das 10 horas, na modalidade leilão, para contratar concessões para a prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica, pelo prazo de 30 anos. (Diário Oficial – 17.11.2020)

3.10 Transmissora Cteep mira ganhos com modernização de linhas e imóveis

A transmissora de energia Cteep, controlada pelo grupo colombiano Isa, quer aproveitar a necessidade de modernização de redes elétricas no Brasil ao longo dos próximos anos para acelerar investimentos e ampliar receitas, disse à Reuters o presidente da companhia, Rui Chammas. Ao mesmo tempo, a empresa contratou consultores para avançar em uma nova linha de negócios, que visa “monetizar” terrenos sob sua posse, muitos deles parcialmente ocupados por instalações de energia como subestações, acrescentou o executivo, que assumiu o cargo em janeiro. Em alguns casos, as áreas podem ser usadas após intervenções como enterramentos de fios. Em paralelo a esses dois movimentos, a Cteep seguirá de olho em oportunidades de expansão via novos projetos de transmissão que sejam licitados pelo governo e por meio de eventuais aquisições. (Reuters – 17.11.2020)

3.11 Furnas moderniza linhas de transmissão e subestações

Furnas vai realizar licitação para a contratação de implantação (modernização) de sistema de proteção, supervisão e controle para duas linhas de 500 kV e reatores associados na subestação Samambaia; para duas linhas de 500 kV e reatores associados e para cinco bancos de transformadores na subestação Serra da Mesa, incluindo a elaboração do projeto executivo, fornecimento de equipamentos, materiais e sistemas, construção, comissionamento e gerenciamento do empreendimento. (Diário Oficial – 23.11.2020)

4 Leilões

4.1 Para Cteep, novas regras podem mudar dinâmica de leilão de LTs

O próximo leilão de transmissão, que deverá ser realizado em dezembro deste ano, terá regras diferentes dos certames anteriores. Desta vez, é vedada a troca do controle societário da concessionária antes da entrada em operação do empreendimento e a data de necessidade de alguns projetos não vai permitir antecipação. Em teleconferência com analistas nesta sexta-feira, 30 de outubro, o CEO da empresa, Rui Chammas, revelou que a mudança de regra pode afastar alguns tipos de investidores, como os financeiros, mas que os estratégicos devem estar presentes, como a transmissora. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

4.2 Leilão das linhas de transmissão confirmado para dezembro

A diretoria da Aneel aprovou ontem o edital do LT, marcado para o dia 17 de dezembro. O certame ofertará onze lotes que preveem a instalação de mais 1.958 quilômetros de rede em nove Estados (AM, BA, CE, ES, GO, MS, MG, RS e SP). O investimento previsto é de R$ 7,34 bilhões. O leilão será realizado na B3. Vence a disputa as empresas que, individualmente ou organizadas em consórcios, apresentarem lances com a menor RAP para operar as novas redes. A soma das RAPs máximas dos projetos alcança R$ 1,019 bilhão. A maior receita prevista é do Lote 2, no valor de R$ 278,1 milhões. O projeto, orçado em quase R$ 2 bilhões, atenderá o extremo sul da BA, com linhas que vão cortar MG e ES. Os vencedores do leilão terão de 42 a 60 meses para concluir as obras e iniciar a operação das novas instalações que vão integrar a rede básica de transmissão do país. (Valor Econômico – 11.11.2020)

4.3 Abdib vê leilão de transmissão realizado sob incertezas regulatórias

A Associação Brasileira das Indústrias de Base e Infraestrutura (Abdib) avalia que o leilão de linhas de transmissão que será realizado no dia 17/12 será realizado em meio a incertezas regulatórias para as empresas participantes, com risco de judicialização. Em reunião do Comitê de Transmissão da Abdib, representantes de empresas do setor debateram a falta de critérios do MME para definir a licitação de ativos depreciados, situação esta, segundo a entidade, que gera questionamentos como o feito pela CEEE-GT sobre a licitação da subestação Porto Alegre 4. “Isso gera insegurança jurídica e regulatória ao atual concessionário – e, eventualmente, também ao futuro operador”, destacou a Abdib, em comunicado. (Brasil Energia – 18.11.2020)

4.4 Edvaldo Santana (NEAL): Dimensão de lotes de leilão deveria mudar

Um dos orgulhos que a Aneel tem é o resultado dos leilões de transmissão dos últimos anos. Já há uma sequência de certames que são realizados em que todos os lotes são arrematados. Uma imagem bem diferente de um período anterior onde os ativos colocados em disputa não atraíam os investidores. Contudo, apesar desse fato, há um efeito que ainda precisa ser evitado: o grande volume de postulantes ao setor cuja capacitação para atuar no mercado é, no mínimo, duvidosa. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o diretor executivo na NEAL, Negócios de Energia Associados, Edvaldo Santana, defendeu que haja uma revisão na metodologia para a seleção dos concessionários. Um caminho seria evitar lotes muito pequenos e que não demanda capacidade financeira muito elevada, resultando na diversidade de concessionários em um mesmo ponto de conexão. (Agência CanalEnergia – 20.11.2020)

4.5 Comissão mantém teor do edital do leilão de transmissão

A Comissão Especial de Licitação da Aneel decidiu negar provimento à impugnação ao Edital do Leilão de Transmissão nº 1/2020-ANEEL, apresentada pela Montago Construtora e, assim, manter o inteiro teor do documento, tal qual aprovado e publicado em 16 de novembro de 2020. (Diário Oficial – 23.11.2020)

5 Biblioteca Virtual

5.1 Dissertação analisa leilões de transmissão no Brasil

Em dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas – PPDE, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Henrique Magalhães Almeida trata de leilões de transmissão no Brasil. O objetivo principal do trabalho foi avaliar o comportamento do mercado de transmissão ao longo dos últimos 20 anos, além de investigar possíveis relações entre variáveis econômicas e a qualidade dos serviços de transmissão licitados pela Aneel. Para isso, foi realizada uma extensa análise descritiva de variáveis relacionadas a aspectos financeiros, regionais e econômicos. Uma importante conclusão foi a observação da redução sistemática dos atrasos ao longo dos últimos anos. Além disso, foi possível verificar a existência de uma relação negativa entre o volume de investimento e os atrasos dos empreendimentos. Em relação à qualidade dos serviços de transmissão, observou-se de maneira geral um bom nível de desempenho. Também foi possível identificar uma correlação positiva entre os atrasos e as penalidades aplicadas aos empreendimentos. Ao final concluiu-se que, no período avaliado, o mercado de transmissão pode ser considerado um benchmark em infraestrutura no Brasil. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.11.2020)

5.2 EPE: novo Caderno do PDE 2030 sobre transmissão de energia

O mais recente Caderno do PDE 2030 apresenta os investimentos previstos para a expansão do sistema de transmissão até o horizonte de 2030 considerando-se diferentes hipóteses de implantação em relação aos empreendimentos ainda sem outorga, tendo em vista as incertezas associadas ao contexto pós-Covid-19. Dentro desse contexto, são contempladas duas hipóteses mais extremas de expansão para o sistema, sendo uma otimista e outra pessimista, ambas com menor probabilidade de ocorrência, e uma hipótese mais ponderada, adotada como referência no PDE 2030. Além dos resultados referentes à expansão do sistema de transmissão, o caderno do PDE 2030 apresenta ainda discussões importantes sobre questões relevantes que permeiam o planejamento da expansão da transmissão. Acesse o Caderno de Transmissão de Energia aqui. (EPE – 17.11.2020)

5.3 Artigo de Rogério de Camargo, V2i Holding, fala sobre implantação de linhas de transmissão

Em artigo publicado no LinkedIn, Rogério Pereira de Camargo, V2i Holding, trata da implantação de linhas de transmissão. Segundo os autores “Uma característica muito importante de um projeto de transmissão, que parece óbvio, mas que muitos esquecem, que o mesmo é um projeto linear, em alguns casos atravessa vários estados, culturas, biomas, realidades socioeconômicas e como consequências, haverá sempre novidades e surpresas pelo caminho o gestor tem que estar preparado para essas situações”. (GESEL-IE-UFRJ – 30.11.2020)

5.4 Artigo Gesel: “Leilão de Transmissão nº 001/2020: um exercício de prospecção com base nos últimos leilões de transmissão realizados de 2017 até hoje”

Em artigo publicado no IFE Setorial de Licenciamento Ambiental de Sistemas de Transmissão, Walas Júnior (Pesquisador Júnior do GESEL), Lillian Monteath (Pesquisadora Sênior do GESEL) e Diogo Salles (Pesquisador do GESEL), fazem um exercício de análise e comparação entre o leilão que irá acontecer no ano de 2020 e os leilões anteriores. Segundo os autores, “Diante da realização iminente do leilão, este artigo pretende fazer um exercício de prospecção de seus resultados por meio de uma análise comparativa com os últimos leilões de transmissão, realizados entre 2017 hoje a presente data, considerando os dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A análise será realizada exclusivamente com base nos editais, buscando, assim, estabelecer parâmetros comparativos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.12.2020)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lillian Monteath.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva e Walas Junior.

As notícias divulgadas no LAST não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: informativo.last@gesel.ie.ufrj.br