Regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica no fim de novembro do ano passado, as usinas híbridas despertam cada vez mais o interesse do mercado. Em entrevista ao CanalEnergia Live nesta terça-feira, 8 de fevereiro, a diretora da Aneel. Elisa Bastos, revelou que o custo da transmissão foi um dos pontos de grande debate durante a elaboração das regras. De acordo com ela, um dos maiores objetivos era permitir a hibridização de modo a otimizar recursos. “Esse tipo de usina pode aproveitar a complementaridade para melhor usar a capacidade de rede”, explica. Em sua análise, as híbridas podem contratar a capacidade da rede em volume menor do que a soma das potências instaladas das usinas desde que o valor obedeça a uma faixa estabelecida. “A ideia é que haja o aproveitamento da complementaridade das tecnologias para reduzir a ociosidade e otimizar e postergar os investimentos”, afirma. Elisa Bastos dá como exemplo a associação entre usinas eólicas e solares, em que cada uma tem o ápice da sua geração em uma parte do dia e que na soma da geração cada uma das fontes pode ocupar uma parte da linha de transmissão em horário alternado à outra. Essa conjugação pode ocorrer predominantemente em locais onde a eólica gera mais à noite, como no interior do país, enquanto durante o dia há alta incidência de raios solares, proporcionando maior geração solar fotovoltaica. (CanalEnergia – 08.02.2022)